
O técnico do Coritiba, Mozart, usou a entrevista coletiva após o empate em 0 a 0 com o CRB, na noite de sexta-feira (dia 31), para rebater críticas. O treinador também falou sobre o curioso caso do zagueiro Rodrigo Moledo, 37 anos, que voltou a jogar após oito meses ‘sumido’.
Frustração do torcedor
“As coisas não acontecem por acaso. Se nós estamos no G4 durante 90% da competição, e liderando mais da metade da competição, alguma coisa de bom, com certeza, nós estamos fazendo. E, principalmente, esses jogadores vêm fazendo. Eu entendo a frustração do torcedor? Entendo. Mas, assim, de verdade, eu até não concordo muito, porque não é uma competição fácil. Não é. O time precisa de regularidade. Ninguém é líder por acaso. Ninguém se mantém no G4 a competição inteira praticamente por acaso. É fruto de muito trabalho, de muita dedicação. Em alguns momentos você joga bem, você não joga tão bem. Mas mesmo não jogando bem, você consegue pontuar. E isso significa que nós temos uma equipe bem sólida”
Empate sem gols
“Tudo é questão de ótica. Eu costumo ser otimista, então, nos últimos dois jogos, somamos quatro pontos. Nessa reta final, posso garantir para vocês que é bem importante. É óbvio que nós poderíamos ter jogado melhor. Sempre você pode melhorar. Nós queríamos vencer, com certeza, mas nós enfrentamos um adversário duro, que ainda tinha suas pretensões”

Rodrigo Moledo
“Não é que ele ficou afastado. É que o Maicon e o Jacy não dão brecha. Temos a melhor defesa da competição. E os dois zagueiros são bem sólidos. E o Moledo vinha treinando muito bem. Fico muito feliz pela atuação do Moledo. O Moledo é um cara extremamente importante, principalmente para a nova geração de jogadores que está vindo. Eu sou de uma geração um pouco diferente. O Moledo está mais próximo da minha do que da atual geração. Ele é um cara que tem uma carreira importante, se não me engano, jogou sete anos no Internacional. A carreira dele fala por ele. Ele é um grande exemplo para os mais jovens: (Guilherme) Aquino, (Tiago) Côser, Felipe (Guimarães), (Lucas) Taverna, que em alguns momentos treinam conosco. Porque ele é um cara que é sério, trabalhador, tem ética, é um cara de grupo. E aí mostrou toda a sua capacidade no jogo de hoje. Enfrentou um adversário difícil e deu uma contribuição importante. Passou por um momento duro esse ano, familiar, porque o jogador é um ser humano que tem problemas, como todos os outros têm, e ele conseguiu superar. E aí tem que abrir um parênteses para o clube, que estendeu a mão a ele. Os jogadores, nós, inclusive, comissão técnica, e aí passou por um trauma duro, o mesmo trauma que o Jacy passou essa semana (morte da mãe). A única forma de ajudá-lo é realmente apoiá-lo, e ele conseguiu superar. Mas ele vinha treinando muito bem, por isso que eu optei por colocá-lo no lugar do Maicon. E essa minha decisão se mostrou acertada”
“Vamos começar a nossa preparação, vamos dois dias antes, justamente pela importância e pela distância do jogo, pela viagem, pela logística. E vamos nos preparar para realmente uma grande final”
Fonte Bem Paraná