
A definição do futuro do Paraná Clube na tentativa de virar uma Sociedade Anônima de Futebol (SAF) fica para novembro. Nesta sexta-feira (24), houve a Assembleia Geral dos Credores, que deveria definir o futuro, mas que terminou sem definir muita coisa. Cravou-se apenas que o plano da Recuperação Judicial do clube será votado no dia 6 de novembro.
A reunião foi feita de forma virtual. A aprovação do plano é o caminho para o clube virar uma SAF. A negociação ainda precisa passar por uma aprovação final do Conselho Deliberativo e da juíza Mariana Gusso, que está lidando com a recuperação judicial. A expectativa do Paraná Clube é concluir todo o processo até o fim deste ano.
Na reunião desta sexta, os advogados decidiram mexer no plano de recupoeração judicial. Havia uma dúvida sobre o pagamento de dívidas. Segundo o que se discutiu nesta sexta, o plano consolidado estará nos autos até a próxima quinta-feira (30).
O maior imbróglio é a sede social da Avenida Kennedy. O imóvel vai a leilão e está avaliado inicialmente em R$ 88,6 milhões. Contudo, o lance mínimo é de R$ 70,8 milhões. E a sede só pode ser vendida dentro de um propósito específico — ou seja, para ser um clube social e esportivo. Em tese, não pode ser derrubada para se erguer ali um condomínio ou um supermercado.
Enquanto a venda da sede não sair, as cotas da SAF serão a garantia para os credores. A liberação da garantia ocorrerá apenas após a venda.
Nota
“O Paraná Clube informa que, em Assembleia Geral de Credores (AGC) realizada nesta sexta-feira, 24 de outubro de 2025, ficou definida a necessidade de consolidação de um único plano, até o dia 30/10/25, que atenda às premissas estabelecidas nesta AGC assim como as condições precedentes dos proponentes. A Assembleia iniciada hoje (24) foi suspensa e deverá ser retomada no dia 6 de novembro de 2025, ocasião em que o novo modificativo será submetido à apreciação e deliberação”, disse o Paraná Clube, em nota nesta sexta-feira. “O Paraná Clube reitera seu compromisso com a transparência, o diálogo com os credores e a construção de uma solução sustentável para a reestruturação financeira do clube a longo prazo, preservando a grandeza do clube e assegurando um futuro sólido para nossa instituição e torcida. Reforçamos, ainda, a confiança na resolução definitiva deste processo, acreditando que a união e o comprometimento de todos os envolvidos serão fundamentais para a execução do tão sonhado projeto de reconstrução do Paraná Clube”.
A SAF
A proposta da NextPlay Holding SA foi aprovada nos conselhos do clube. No futebol, o edital prevê um investimento mínimo de R$ 212 milhões em 10 anos.
“A NextPlay S.A. foi a única empresa a cumprir todas as etapas do processo de forma profissional, apresentando uma proposta estruturada, responsável e com compromisso de longo prazo com o futebol do Paraná Clube”, informou nota do clube.
Fonte Bem Paraná