
A partir de janeiro de 2026, Curitiba passa a adotar oficialmente uma série de soluções baseadas na natureza para reduzir enchentes e alagamentos. A lei, de autoria da vereadora Laís Leão (PDT), atualiza a Política Ambiental do município e introduz medidas como jardins de chuva, valas verdes, canteiros pluviais e parques lineares.
Os jardins de chuva – pequenas áreas rebaixadas no solo onde a água da chuva se acumula por alguns instantes antes de ser absorvida e filtrada – ajudam a aliviar a sobrecarga das redes pluviais e aumentar a permeabilidade do solo. Além deles, a política passa a contemplar toda uma infraestrutura verde, incluindo valas verdes e canteiros pluviais, que funcionam como alternativas sustentáveis de drenagem urbana.
Outra mudança importante foi a inclusão do artigo 97-A na lei 15.852/2021, que determina que os fundos de vale devem ser utilizados prioritariamente para parques lineares, áreas de lazer e ações de preservação ambiental. A ideia é transformar regiões suscetíveis a alagamentos em espaços que ajudem a conter a água da chuva e, ao mesmo tempo, ampliem áreas verdes e de convivência.
As novas regras entram em vigor 90 dias após a publicação no Diário Oficial do Município. Como foi sancionado em outubro, a lei começa a valer oficialmente em 9 de janeiro de 2026.
Enchentes em Curitiba
Em fevereiro deste ano o Bem Paraná noticiou as fortes chuvas que atingiram Curitiba. Naquele mês, em apenas um dia a cidade teve uma precipitação acumulada de 68,8 mm, segundo a Estação Meteorológica da Defesa Civil de Curitiba, localizada no bairro Portão. A tempestade durou cerca de 3 horas, dependendo do ponto da cidade. Segundo o Sistema de Meteorologia do Paraná (Simepar), com esse resultado, Curitiba ultrapassou a média histórica de 147,7mm no mês todo.
“Então hoje ultrapassamos a média histórica para o mês inteiro. Em Curitiba, a média histórica é de 147,7mm”, afirma o meteorologista do Simepar. Hoje, Curitiba atingiu 270mm de chuva em apenas 18 dias do mês de fevereiro. Mesmo faltando dez dias para o mês acabar, esse número é 88% superior à média histórica para fevereiro.
A expectativa é que os novos projetos da Câmara possam ajudar com enchentes e alagamentos em Curitiba neste verão, de 2025/2026.
Fonte Bem Paraná