
Os ricos compram novos jogos a preço integral, como “Donkey Kong Bananza” e “Battlefield 6”, os pobres jogam “Fortnite”, títulos para dispositivos móveis e usam serviços de assinatura – e essa divisão está cada vez maior.
Esse é o resumo básico de uma nova entrevista com o veterano analista da indústria da Circana, Mat Piscatella, sobre a situação dos jogos em 2025.
Aparecendo no podcast Delayed Input de Kyle Bosman (via Games Radar), Piscatella diz que o aumento do custo de vida nos últimos anos, especialmente em categorias de gastos diários como alimentação e habitação, está tendo um efeito indireto nos videogames – mais especificamente, nos tipos de videogame que as pessoas jogam.
O resultado é um ecossistema de jogos cada vez mais separado e polarizado. Por um lado, temos os intervenientes mais abastados que “continuam a gastar como se os preços não tivessem realmente mudado” e “talvez nem percebam que os preços subiram em algumas áreas”.
Ele acrescenta que essas pessoas não têm problemas em gastar US$ 70 em “Ghost of Yotei” e gastar mais em um PS5 ou Switch 2. Os usuários de PC de última geração que podem pagar por placas gráficas caras também provavelmente se enquadram nesta categoria.
Depois, há os jogadores não tão abastados que estão lutando para pagar o aluguel ou tendo que lidar com o aumento dos custos dos mantimentos. Como resultado, o seu tempo de jogo está a mudar para mercados mais acessíveis.
Esses mercados, diz ele, são os que impulsionam os títulos para celular e os títulos gratuitos, como “Roblox” ou “Fortnite”. Eles também são o grupo que provavelmente gravitará em torno de assinaturas como o Game Pass e deixará de comprar jogos a preço de varejo.
Ele diz que isso pode ser visto em serviços de assinatura como PlayStation Plus e Nintendo Switch Online, serviços que tiveram um crescimento sólido ao longo de 2025. Até mesmo MMOs para títulos mais antigos estão sofrendo aumentos nos gastos com essa mudança.
Os comentários foram feitos no momento em que a Sony anunciou outro dia que “Ghost of Yotei” vendeu 3,3 milhões de cópias em seu primeiro mês, provocando um furor de discussões online sobre se isso é considerado um sucesso ou não (em comparação, “Ghost of Tsushima” levou quatro meses para atingir a marca de 5 milhões).
Fonte – darkhorizons